segunda-feira, 6 de junho de 2016

Um abraço apenas ...

Por vezes o pensamento transporta-nos para memórias passadas.

Por vezes dou comigo a pensar no dia em que tudo desabou... 

Não sei se algum dia vais ler estas palavras. Ou se leres, talvez não percebas que és o autor principal desta história. 

Gostava que percebesses o quanto te amei. Tinha grandes sonhos ao teu lado. Tinha grandiosos projectos para concretizar contigo. 

Dei-te uma segunda oportunidade, achei que tinhas mudado. 

Não sei se deste conta, mas nos teus piores momentos, eu estava lá ... eu estava ao teu lado. Pegava na tua mão... oferecia-te o meu ombro. O teu sofrimento, era o meu. Sabes porquê? Porque te amava.  Amava-te incondicionalmente, mas tu não percebeste. Ninguém dá uma segunda oportunidade se não amar verdadeiramente... 

Naquele dia de final de outono percorri algumas dezenas de quilometros para estar contigo. Neste dia precisava de um abraço  ... apenas isso... 

O abraço que procurei não se concretizou. Uma discussão por telefone criou esse muro. 

Por vezes questiono-me sobre o papel das tecnologias nos dias de hoje. Se por um lado, elas ajudam a quebrar distâncias, por outro lado, elas são fonte de mal entendidos. 

Ainda hoje me questiono. Será que não percebeste o meu pedido de ajuda por estares demasiado preocupado em motivar os milhares de seguidores que tens nas redes sociais espalhados por todo o mundo? Novamente o papel das tecnologias ... o apoio real e virtual ... a motivação real e virtual ... 

Eu estava à tua porta quando falámos pela última vez ... mas tu recusaste sair do teu mundo, da tua zona de conforto ... 

Depois disso, fechei-me no meu casulo...

Mas, por vezes as memórias insistem em voltar .... 




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